quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

17 de Dezembro de 2009

Olá para meus queridos amigos! :)~

Antes de começar, devo pedir desculpas pelos últimos posts... muito curtos, não? Pois bem... o de hoje será uma clássica (Ou duas) descrição. Daquelas de deixar qualquer um sem paciência de ler! XD
Além de que, resolvi por em negrito as partes mais interessantes da narrativá, para que as pessoas não precisassem ler a história inteira! XD

Pois bem, a pergunta que não quer calar de todos os meus amigos... Você vai ver neve?
R: Vou, e vi! :D

Pois bem. O dia começou com o tradicional café da manhã e a ida de bicicleta para a escola.
Assim como todas as terças e quintas, a primeira aula foi com o Joe. Estávamos todos concentrados na leitura da biografia (N.T. [XD] : Era um 'Personal Statement', uma história contada pelos alunos para ser mandada às universidades que pretendem entrar) do aluno Francês com dislexia que entrou pra faculdade de arquitetura, quando de repente, o mexicano Leon disse num tom de voz natural e calmo: "Nossa, tá nevando". Eu olhei para trás, onde há uma janela, e lá estava ela. Branquinha e pura caindo calma e suavemente em pequenos flocos, repousando na janela e derretendo. Era o início de neve. Não foi muito tempo, mas fiquei olhando os pontinhos brancos cairem do céu. Joe percebeu que eu estava interessada demais e perguntou se eu já havia alguma vez visto a neve. Respondi que não e ele então deixou que eu saísse na saída de incêndio, que é uma pequena varanda com uma escada espiral, para que eu pudesse vê-la de perto. Saí. Estiquei meus braços para fora da grade da varanda, afim de que os flocos pudessem tocar a minha luva e a manga da minha blusa. A neve estava deveras fraca, e todos os flocos que me tocavam, derretiam logo após. Os poucos flocos que caíam do céu ficavam cada vez mais escassos, até que depois de muito breve, parou, o que me fez voltar para a sala. Ao voltar para a sala, contei a ele que, no Brasil, tirando de vez em quando no sul, não neva, apenas chove granizo. No momento, eu não sabia a tradução de granizo, então traduzi para meu professor como 'pequenos blocos de gelo que caem junto com, ou apenas como, a chuva.'. Isso me fez pensar de uma forma interessante, a relação que ele criou do granizo com a neve. Por mais que ambos sejam gelo caindo do céu, o granizo é forte e violento, enquanto que a neve é suave e delicada.
Joe foi bonzinho o suficiente para nos dar aula ao invés de nos mandar para o laboratório de informática, e após as duas aulas com ele, fui ao encontro do meu [ironia]querido[/ironia] professor Moody. (N.T..: Não é o professor Moody do Harry Potter, Moody em inglês é um termo usado para se referir a uma pessoa que muda de humor muito rapidamente, ou seja, Nick Bipolar.) E bem no meio de um maravilhoso sermão sobre pronúncia, começou novamente a nevar. Dessa vez, com um pouco mais de vento, e mais flocos de neve. Mirei a janela por um tempo, e quando pensei que iria ouvir um sermão sobre não prestar atenção na aula, Nick virou-se para mim e disse suavemente "Você quer ver a neve?". Não, eu não me surpreendi, já estava acostumada com as bipolaridades do meu querido professor. Literalmente, grudei minha cara no vidro da janela, e com isso, alguns alunos me seguiram. Os flocos que agoram estavam em maior quantidade, agora piruleteavam em frente aos vidros da janela.
Na hora do almoço, encontrei-me com a Mariana e conheci sua amiga Fernanda. Fomos juntas até a pracinha para almoçar. Como a Fernanda tinha aulas depois do almoço, fomos ao Subway. Fernanda pegou seu sanduíche e voltou para a escola. Eu e Mariana estávamos então, sentadas na porta do 'Nando's'. Conversamos sobre assuntos randômicos, e descobri que ela lê Mangá e, essa vai pro Jonatan, ouve Metallica :D. Convidei-a para ir ao centro comigo, mas ela disse que tinha que esperar a Fernanda, então, rumamos de volta a escola. No caminho, uma garoa de neve começo a cair sobre nossas cabeças, parando um pouco antes de chegarmos. Ao entrar pela recepção, econtrei-me com Bingo, que me perguntou se eu iria fazer algo a noite. Respondi-o com um desajeitado "Não, vou ficar em casa". Ele então perguntou-me se u não iria à festa a noite, e com um tonzinho de zombaria, ele olhou para mim e disse "Ah, esqueci que você é menor de idade, na-na-na-na". Ele sabe que eu não gosto desse tipo de festa de qualquer forma. Olhei para o chão e falei algo do tipo "Ha ha, engraçadinho". E é aí que entra a parte importante.
Amigos que me aturam reclamar alguma coisa do meu dia no msn, leiam atentamente o que eu tenho a escrever.
Ele, dando risadas, puxou-me para perto dele e me abraçou como um pedido de desculpas pela zombaria.
Amigos, pronto, essa, vocês não precisam mais aturar.
Fiquei um tempo conversando com Mariana na cantina da escola e às 2:50 p.m., resolvi que tinha que ir, ou voltaria muito tarde pra casa. Deixei Mariana no laboratório de informática para que ela tivesse algo para fazer enquanto Fernanda estava tendo aulas, e rumei para o encontro com minha bicicleta.
Ah... aquelas duas rodas me fazem me sentir a dona da cidade *-*.
Fui em direção ao parque da cidade, fazendo até 'sinais de seta' com a mão XD. Chegando lá, vi o magnífico rinque de patinação, enorme, com seus sabe-se-lá-quantos metros quadrados de gelo perfeito e critalino. Comprei meu ingresso, calcei meus patins e entrei no rinque.
E lá estava eu, em cima de um campo de gelo, sobre duas pequenas e finas lâminas, tentando me locomover. Isso é o que chamam de patinar no gelo.
Por mais que a descrição pareça forte, foi deveras divertido. O primeiro desafio, claro, é você conseguir parar em cima dos patins. Tudo bem, até aí, ok. Segurei me nas bordas do rinque e fui andando para a frente tomando impulso nas mãos, puxando e me apoiando nas paredes do rinque. Os primeiros impulsos, são bem similares aos primeiros impulsos do patins de rua, mas só. O esforço para se equilibrar no gelo, é muito maior do que o esforço de se equilibrar no concreto. O fato das lâminas serem finas e do gelo ser liso, faz com que o atrito seja menor, aumentando sua velocidade, diminuido sua estabilidade. O controle dos patins me fugiam a todo o instante, fazendo com que eu quase abrisse espacates constantemente. Os braços balançavam de um lado e para o outro, afim de me equilibrar e impulsionar melhor, os olhos quase que constantemente, fixos ao chão de gelo. E havia esse garoto, que tinha seus próprios patins profissionais. Ele estava no rinque tentando ensinar seu amigo a patinar. Era uma visão muito divertida, ver o profissional dançando no meio do rinque enquanto seu amigo, apressado, levava maravilhosos tombos. E este, era definitivamente teimoso e forte, pois a cada tombo, ele se levantava e tentava novamente correr atrás do primeiro. E eu estava lá, no meu canto, tentando aprender sozinha a me locomover de forma menos desengonçada. Foi aí, que tive a brilhante ideia de me filmar. Como tinha esquecido a camera na mochila, peguei meu celular (da minha mãe :B) e filmei. Filmei durante dois lindos minutos quando a monitora veio me dizer que eu era proibida de fazer aquilo. Hunf, chatolina. UHAUIAHUHAIUAHUAI. Brinks, ela foi bem simpática :D. Pois bem, mas no momento em que conversava com ela e guardava meu celular no bolso, esqueci o meu foco e meus patins saíram totalmente do meu controle. Resultado... Sim, eu caí. E maravilhosamente, por sinal. Minhas aulas de judô se apresentaram de forma relativamente útil. A queda foi rápida, e o levantamento também. Eu me vi caída no meio do rinque, como se fosse uma tábua, mas com as mãos apoiadas no chão, como se fosse fazer flexões, mas de patins, com os joelhos diretamente de encontro com o chão. Levantei-me em um salto, com meus joelhos gritando para mim, pois a vergonha de ficar estatelada no meio do rinque, e o medo de que caíssem por cima de mim, era maior do que qualquer coisa. Levantei-me tão rápido, que até a monitora se assustou, pois, segundo ela, ela não teve nem tempo de me perguntar se eu estava bem. Pois bem, fiquei talvez mais uns 40 minutos patinando, melhorando gradativamente a cada volta. Percebi que o céu já não estava mais tão claro, e resolvi rumar de volta para casa.
Destranquei minha bicicleta, e quando saí de volta para a Hills Road, me encontrei com a Hyemin, a coreana da minha sala. Ela disse que estava indo ao Starbucks para usar a iternet e é claro, tomar café. Eu, para que ela não precisasse ir sozinha, claro que aceitei o convite de ir até lá com ela, por educação, claro. Pedi um Caramel Machiatto e um cookie de baunilha com pedaços (Não gotas :B) de chocolate. Sentamos nos em uma mesinha, no canto do café. Conversamos sobre nossos países e interesses universitários. Mas o que gostaria realmente de ressaltar nessa visita, é que, se algum dia vocês tiverem oportunidade, tomem o café da Starbucks dentro do café. A caneca, e não o copo de papel, aberta, faz com que os aromas e os sabores da bebida cheguem de forma mais pura até você. A cada gole, eu podia realmente sentir o cheiro de café e o gosto do caramelo descendo pela minha língua, quente e doce, em contraste com o característico 'amarguinho' do café. É, é fantástico *-*.
Enfim, após de me despedir da minha nova amiga coreana, peguei minha bicicleta, e dessa vez, realmente rumo ao lar.
Ao chegar em casa, coloquei meu pijama e deitei-me como uma tábua na cama. E esse, foi o dia que eu percebi o tamanho da verdade contida na frase "Aquece, porque se esfriar, piora". Muitos professores de educação física já me disseram isso, e a prova, foi ontem. Como tinha acabado de chegar em casa, depois de toda a pedalada do centro até aqui, eu estava com calor, então, abri a janela do quarto. Deitei me por cima da colcha, respirando e relaxando aos poucos. Quando o efeito de calor pós-pedalada passou, pude sentir vários dos meus músculos, até alguns que eu não conhecia, reclamando para mim, como se eu tivesse feito horas e horas de academia. Senti o meu joelho pulsando, e ao ver a pequena marca roxa que nele estava, desci até a cozinha pegar gelo. Embrulhei-o numa toalha e voltei para meu quarto. Fechei a janela, aumentei a potência do aquecedor, e deitei-me na cama, cobrindo-me com o edredon até a cabeça. Adormeci.
Ao acordar, às 6:30 p.m., Bingo já estava em casa, e disse que se sentiu muito aliviado de me ver acordar, pois ele não tinha certeza se eu estava bem, me vendo dormir daquele jeito. Ele disse que a família teve que sair, pois o filho mais velho estava de férias e voltara para vê-los, sendo assim, eles o levaram ao médico. Bingo disse que a Sra Ahmed havia deixado nosso jantar na geladeira, e que quando estivesse com fome, era para que eu o chamasse. Voltei para o meu quarto, e, aflita, percebi que a internet não estava funcionando. Bingo disse que estava tudo desligado lá embaixo, e que provavelmente eles haviam desligado o modem, nos deixando sem internet. Então, por volta das 7:30 p.m., fomos jantar, e foi a primeira vez que alguem comeu comigo na hora da janta. Bingo olhou pela janela da cozinha e disse que, agora sim, tinha realmente começado a nevar, Lavamos os pratos, e saímos para o jardim. A neve agora estava em grossos flocos, e o vento fazia com que ela rodasse em pequenos redemoinhos. Foi tão divertido ficar girando no meio da neve e do vento *-*. Logo após uma rápida escovada de dentes, Bingo saiu de casa.
Sem internet e sem compania, praticamente 'comi' o meu livro, uma biografia de Sid Vicious, até chegar a hora de dormir, quando liguei para minha Mãe, meu Felipe, minha Aninha e conversei com minha Luzinha. Olhei pela janela, e por esse tempo, a neve ja tinha coberto o jardim, e eu tive que descer para brincar novamente, no jardim que agora estava branco, como um tapete todo feito de algodão *-*.

Bom, espero que vocês todos em Itapeva se cuidem e que fiquem todos bem e constantemente com energia.
Obrigada pelo o apoio e eu estou com MUITAS saudades de vocês.
Beijos nevados *-*

3 comentários:

  1. Uauuuuuuuuuu, este post valeu pelos 2 outros curtinhos!!!! Até senti frio por vc!!!!!!
    Um beijo pra minha escritora predileta!!!!!!!

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